Mesmo com a onda de violência
crescente, ainda somos obrigados a ouvir declarações públicas de que “a cidade
é tranquila”.
Editorial
Dias atrás o blogueiro aliado do prefeito de Timon Rafael Brito (PSB) – que funciona como uma espécie de porta voz do governo – publicou uma matéria voltada a questão da segurança pública em que teve a desfaçatez de afirmar “que a cidade desfruta de uma rotina de tranquilidade”.
Primeiro é bom dizer que ao contrário do que o blogueiro falou, a
sensação de intranquilidade e medo não se mede por número de homicídios e roubos em nossa cidade. Há
muito tempo Timon não é mais tranquila e a população deixou
de andar nas ruas em receio de ser assaltada a qualquer momento.
Ficar na porta de casa jogando conversa fora com vizinhos se tornou
coisa do passado por uma série de fatores, dentre os quais, o aumento no número
de assaltos e a deficiência no setor de iluminação pública. Nos últimos dias
essa sensação de intranquilidade só aumentou e os relatos de violência nos mais
diversos locais começaram a pipocar na rede social.
Questionar segurança nem sempre está relacionado a criticar o trabalho da polícia, o que parece que para alguns inclusive é proibido. Está errado. Ao contrário do que muitos pensam, a polícia não faz favor quando prende o ladrão, muito pelo contrário, é o trabalho da polícia e logicamente, reconhecemos que a corporação tem feito seu papel. Ainda assim, a população tem o direito de cobrar por mais segurança, tem legitimidade de exigir que as autoridades garantam o direito de ir e vir e tanto podem, como devem, usar a rede social para externar suas revoltas contra os desmandos e os abusos.
Se quiserem dizer que os dados de violência diminuiram tudo bem, mas
dizer que Timon é uma cidade tranquila é o cúmulo do absurdo. Achar que
viaturas por si só resolvem a questão da segurança também é uma falácia, porque
nunca se distribuiu tanta viatura e ainda assim os dados da violência são
alarmantes… São necessárias, mas não resolvem o problema.
Infelizmente quando autoridades abrem a boca para negar o óbvio,
logicamente é porque a coisa é mais séria do que se imagina. Para alguns, é
mais fácil se iludir jogando a sujeira pra debaixo do tapete, do que admitir o
problema e enfrentá-lo.
Timon segue experimentando roubo a luz do dia e da noite, assalto
de forma indiscriminada, mortes no trânsito e homícidios.
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