
Ao justificar o pedido de prisão
domiciliar do ex-senador José Sarney, o Ministério Público Federal
descreve a atuação do ex-presidente como a do “capo di tutti capi”, ou
“chefe de todos os chefes” do PMDB.
Em depoimentos da delação premiada,
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, disse que repassou
aproximadamente R$ 20 milhões de propina para Sarney durante o período
que esteve à frente da estatal. José Sarney recebeu uma parte da propina
por meio de doações eleitorais. O resto foi entregue em dinheiro vivo.
Procuradores dizem que nada acontecia no esquema de propina para o PMDB sem a bênção de Sarney.
Em conversas gravadas por Machado, Sarney aparece discutindo meios de barrar as investigações da Operação Lava-Jato.
Sérgio Machado negou para interlocutores
que tenha gravado Sarney no hospital. Na versão dele, o peemedebista
inventou a informação para se vitimizar. Por causa da suposta gravação
no hospital, Sarney já chamou Machado de “monstro moral” e “pessoa
abjeta”.
Filho de Cerveró também tentou gravar Sarney
Em meio à indignação de ter sido gravado
por Sérgio Machado, o ex-presidente José Sarney revelou, em conversas
reservadas, que escapou de investidas feitas por Bernardo Cerveró. O
filho do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró tentou se encontrar com
Sarney, em Brasília. A reunião foi pedida na mesma semana em que
Bernardo gravou conversas com o senador cassado Delcídio Amaral. Por
desconhecer o rapaz, Sarney não o recebeu. Os áudios feitos por Bernardo
serviram para que a PF prendesse o então líder do governo de Dilma.
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